Nº 1 – Agosto 2015 – Ano 2015 — Dossiê 'Cinema'

Revista Sísifo – Feira de Santana – v. 2, n. 1 (2015)
Nº 1 – Agosto 2015 – Ano 2015.
Filosofia – Periódico
Feira de Santana – BA – Brasil
ISSN: 2359-3121

APRESENTAÇÃO


O que é o cinema? Fazer esta pergunta é mais simples do que respondê-la. O cinema possui muitas facetas, e é saudável que as tenha. Afinal, como diz Mark Cousins, o que move o cinema é a paixão, a inovação. Tudo isso se apresenta na tela, na escuridão da sala de projeção.

O cinema nos ensinou muito sobre o nosso mundo. Mostrou as selvas mais distantes da civilização e o fundo do mar. Enviou o homem à lua meio século antes das primeiras tentativas reais. Mostrou o quanto que somos capazes de amar e odiar. O quanto que a humanidade é má, e o quão terna também. Enquanto arte, o cinema não pode deixar de mudar, de nos fascinar. Para isso, é necessário que seja capaz de apresentar surpresas. E, acredite, ele ainda guarda muitas surpresas.

Poderíamos dizer que o cinema é vida. Como também poderíamos dizer que é a morte. Poderíamos dizer que o cinema é a ação. Como também poderíamos dizer que é o repouso.

O cinema é tudo isso, porque vive dentro da imaginação humana – esta, sem limites estabelecidos, que enxerga além da linha do horizonte, além das materialidades. Que enxerga possibilidades múltiplas na realidade e na fantasia. Na opressão e na libertação. Na ordem e na anarquia.

Mas eis que há uma faceta do cinema que pouco é conhecido de seu grande público: a literatura teórica. Sim, porque para que o cinema se mantenha nesta saga inventiva é preciso pensá-lo também. Não somente antes da criação dos filmes como também depois.

É daí que surge a ideia do dossiê de cinema da Revista Sísifo. Se os filmes permanecem em nossa mente antes e depois de feitos, por que não escrever sobre eles? Destrinchar as muitas possibilidades de se pensar o cinema?

Nesse sentido, autores de diferentes formações se juntam neste dossiê para apresentar-nos diferentes lados desta extensão do espetáculo cinematográfico. E os agradecemos pelo esforço realizado para fazer deste estudo uma realidade.

Dedicamos este dossiê à memória de:
André Setaro (crítico de cinema)
e Olney São Paulo (cineasta)
Yves São Paulo
(organizador)

DOSSIÊ: CINEMA